O Instituto Caracol foi registrado em 21 de janeiro de 2010 na cidade de Navegantes, litoral norte de Santa Catarina. Nossas ações sempre estiveram orientadas para exercitar formas de ler o mundo, premissa guiada pela lição de Paulo Freira segundo a qual “a leitura de mundo precede a leitura da palavra”.
Em 2010 criamos o selo Dengo Dengo Cartoneiro, após conhecer a editora Eloisa Cartonera em Buenos Aires, publicando livros com capas de papelão comprados de catadores.
Levamos para as escolas o projeto Caverna das Letras ocupando as escolas com mediadores de leitura e uma biblioteca portátil que recuperava a forma das cavernas dos barcos de pesca feitos em madeira, chamando atenção para Carpintaria de Ribeira do rio Itajaí açu. Também fizemos filmes como O calafate míope, cujo assunto também é carpintaria da ribeira.
O projeto Contém Cultura (2012-2016) tinha como metas a produção e difusão de arte no Espaço Contém Cultura e na unidade móvel que era cinema e biblioteca em um contêiner de 12 metros que circulou 11 cidades de SC. Projeto agraciado com Prêmio Leitura para todos do Minc e Biblioteca Nacional.
Em 2015 passamos a agir, no médio vale do Itajaí com a Biblioteca Rural, uma biblioteca a bordo de uma Rural Willys, 1964 visitando escolas para leituras em grupos. Depois, construímos a sede da biblioteca criando uma biblioteca comunitária em um sitio na cidade de Rodeio, premiada no edital Pontos de Leitura em 2023.
Em 2016 com um acervo reunido de materiais tipográficos, passamos a integrar a Rede latino-americana de cultura gráfica. Criamos o selo editorial chamado Papel do Mato publicando poesia contemporânea de forma artesanal e fazendo um trabalho de salvaguarda e educação patrimonial.
A partir de 2017 passamos a receber as escolas públicas para atividades no Ponto de Leitura, passamos a ser também um Ponto de Cultura certificado pelo Ministério da Cultura, seguindo a LEI 13018, trabalho de base comunitária de educação patrimonial.
Trabalhamos na construção de Planos Municipais de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas para 11 municípios do Médio Vale do Itajaí.
Desde 2022 executamos o Projeto Deriva Pedagógica, recebendo estudantes e professores da rede pública, que passaram a conhecer de onde vem o termo “Caixa Alta” tão utilizado na alfabetização. A Oficina Tipográfica fica no espaço da Quinta da Gávea hospedaria e quintal criativo, a educação patrimonial passou a ser também aplicada aos turistas que passam pelo espaço.
Em 2018 a convite da UFMG, participamos do 3º Fórum de Patrimônio Gráfico em Diamantina, integrando a Rede Cultura Gráfica (https://redculturagrafica.org/). Passamos a nos ocupar em discussões sobre a necessidade de legislar sobre patrimônio gráfico.
Ligado ainda ao patrimônio, o projeto Palindromia, realizado em 2023/2024 realizou ações levando educação e experimento com patrimônio material e imaterial ligado a arte de impressão e os participantes podiam fazer uso de materiais tipográficos para edição artesanal de um livro coletivo.
Neste ano de 2025 passamos a ser um Pontão de Cultura com projeto “Um rio de histórias: patrimônio, oralidades, escrituras” a ser realizado na mesorregião do Vale do Itajaí. Como Pontão de livro e leitura, estamos trabalhando para salvaguardar o que resta de tipografia no estado e articulando para criar um PELLLB.
